segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A MEDIUNIDADE E SEUS FENÔMENOS

O QUE É MEDIUNIDADE
    Faculdade que dota o homem de sensibilidade permitindo a percepção e interação com o mundo espiritual. Conforme sua intensidade viabiliza a plena comunicação entre os dois ambientes.
    Faculdade natural inerente do corpo orgânico considerada como outro sentido psíquico.
O MEDIUM
    Ser dotado de faculdade que o permite interagir entre os ambientes espirituais e materiais possibilitando agir como intermediário entre as comunicações.
    Quando apresenta-se marcante e forte diz-se que o médium é ostensivo. Quando sutil e rudimentar, de fenômenos esparços e esporádicos de pouca intensidade, diz-se que o médium tem mediunidade oculta. Este último tipo corresponde a todos os homens.
    O primeiro tipo refere-se aquelas pessoas que têm a capacidade de utilizar a mediunidade para trabalhar em mesas mediúnicas e utilizar seu potencial para ajudar e beneficiar a todos os que necessitem.
FENÔMENOS MEDIUNICOS – INTELIGENTES
    • Classificação Básica
    • Os fenômenos mediúnicos são marcantes quanto ao efeito que produzem. Podem ser classificados em categorias de acordo com o tipo de efeito (resultado) provocado pelo fenômeno. De modo geral, duas são as categorias quanto ao efeito: Efeitos Inteligentes e Efeitos Físicos
      • Efeitos Inteligentes
      • Os fenômenos de Efeitos Inteligentes são aqueles que têm sua atuação diretamente sobre o intelecto do médium ou são percebidos pelo cérebro por vias das sensações. Os efeitos são sentidos pelo médium.
        Por esta razão também são classificados em: Intelectuais e Sensitivos, conforme a ação do efeito.
        • Intelectuais
      • Intuição
      • Psicofonia
      • Psicografia
      • Desdobramento
        • Sensitivos
  • Vidência
  • Audiência
  • Sensitividade
Os fenômenos classificados como de Efeitos Físicos são aqueles cujas ações são dirigidas para o ambiente material ou as coisas materiais. Os efeitos dessa mediunidade são percebidos por qualquer pessoa que os possa presenciar. Podem ser efetivadas por movimento de objetos, pancadas, sons, materializações, curas e etc.
Exemplos:
    • Sons
    • Luzes
    • Odores
    • Movimentos de objetos
    • Curas
    • Materializações
    • Transfigurações
    • Psicofonia
    • A psicofonia está presente na grande maioria dos médiuns sendo identificada em 80% dos casos.
      Informalmente é denominada de Mediunidade de "Incorporação".
      - Essa denominação foi adotada devido à impressão provocada pelo comportamento dos médiuns quando em transe mediúnico de psicofonia.
      - Como muitas vezes o Espírito comunicante assume sua personalidade por fala e gestos, se tem a impressão que o Espírito comunicante "entrou" no corpo do médium e, por isso, surgiu naturalmente o termo incorporação.
      Sua ocorrência se dá através da exteriorização do perispírito do médium. Permite que o Espírito comunicante tenha acesso(via perispírito) aos centros nervosos de controle de algumas funções orgânicas do médium, tais como: a fala, o movimento de membros e outros mecanismos motores do corpo. Conforme o grau de exteriorização do perispírito, ocorrerá o maior ou menor controle dos centros nervosos do corpo do médium.
      • Graus

        • Consciente
        • - Ocorre em 50% dos casos - Médium tem consciência do que será dito antes de falar - Após o transe, o médium recorda tudo o que disse - Há fraca exteriorização do perispírito

        • Semi-consciente
        • - Ocorre em 28% dos casos - Médium tem consciência do que será dito durante a fala - Após o transe, o médium recorda parte do que disse - Há exteriorização parcial do perispírito

        • Inconsciente
      - Ocorre em 2% dos casos - Médium não tem consciência do que ocorre - Após o transe, o médium raramente recorda de algo que disse ou fez - Há grande exteriorização do perispírito - O Espírito Comunicante atua diretamente sobre os centros nervosos de controle do corpo do médium
    • Psicografia
    • Mediunidade na qual os Espíritos Comunicantes atuam sobre os médiuns levando-os a escrever. Estes médiuns também são denominados de Médiuns Escreventes
      É um fenômeno importante porque as mensagens ficam permanentes e escritas originalmente como foram transmitidas. No caso da Psicofonia, a recuperação das mensagens dependerá da memória e da interpretação daqueles que escutaram a mensagem falada pelo Espírito. Já na Psicografia, o Espírito escreve a sua mensagem deixando-a na forma original como foi concebida.
      Classifica-se quanto ao modo de execução em:
      • Mecânica
      • - Tipo muito raro - O Espírito Comunicante atua diretamente sobre a mão do médium - Muito rápida e mantém a forma e a caligrafia personalizadas - Médium não sabe o que se escreve, somente após ler o que está escrito é que toma conhecimento do teor da mensagem
      • Semi-mecânica
      • - Mais comum - Espírito comunicante tem domínio parcial do braço e mão do médium - Médium tem consciência do que escreve a medida que as palavras vão sendo escritas
      • Intuitiva
      - Tipo de mediunidade escrevente muito comum - O Espírito interage com a alma do médium transmitindo mentalmente as suas idéias - O médium capta as idéias e serve como um intérprete - Tem conhecimento do que será transmitido antes de escrever
    • Vidência e Clarividência

      • Vidência
      • Refere-se a mediunidade que possibilita a visualização das coisas e ambientes do mundo espiritual. O méduim vidente vê os Espíritos, os ambientes e, às vezes, cenas de momentos futuros ou passados.
        A visão se dá através do Espírito e não com os olhos, daí a compreensão do fato que os videntes "enxergam" o mundo espiritual mesmo com os olhos fechados.

      • Clarividência
      Capacidade Anímica(não é mediunidade) que permite enxergar coisas, cenas, pessoas e etc, do mundo material que estão distantes ou através de objetos opacos. Essa visão abrange cenas e objetos que os olhos físicos não podem alcançar.
      É uma faculdade do próprio Espírito encarnado (Anímica) que não depende de influência mediúnica. Ocorre pela emancipação da alma (desdobramento ou expansão do perispírito encarnado).
      É também denomindao de "segunda visão".

    • Audiência e Clariaudiência
      • Audiência
      • Faculdade que permite ao médium escutar no campo fluídico os sons produzidos no ambiente espiritual.
        • Interna
        • O Espírito transmite ao médium por telepatia. Tem-se a impressão de estar escutando "dentro do cérebro".
        • Externa
        O Espírito atua sobre a atmosfera fluídica produzindo o efeito de som que será percebido pelo aparelho auditivo do méduim.

      • Clariaudiência
      Faculdade anímica (não é mediunidade) que possibilita ouvir sons materiais que ocorrem fora do alcance da audição biológica.
      Pode-se escutar a grandes distâncias ou através de obstáculos.
      É uma capacidade do espírito encarnado (Anímica). Ocorre pela emancipação da alma alcançando até aonde o campo fluídico do perispírito encarnado possa atingir.
    • Sensitividade
Faculdade mediúnica da parcepção do nível vibratório do campo fluídico.
Através dessa faculdade o médiun "sente" o tipo de vibração existente em um ambiente ou presente em pessoas ou coisas.
A sensibilidade do médium ultrapassa a capacidade física e passa a perceber também o campo fluídico do ambiente e interpretar as sensações classificando-as.
FENÔMENOS MEDIUNICOS – FÍSICOS
    Os fenômenos classificados como de Efeitos Físicos são aqueles cujas ações são dirigidas para o ambiente material ou as coisas materiais.
    Os efeitos dessa mediunidade são percebidos por qualquer pessoa que os possa presenciar. As ações desenvolvidas pelos efeitos dessa mediunidade afetam o ambiente material e, por isso, são denominados de Efeitos Físicos.
    • Fluidos
    • Os Espíritos agem sobre os fluidos, intencionalmente ou não, conforme o esclarecimento e a evolução.
      Podem aglomerar, dirigir, modificar e até combinar entre sí para obter resultados ou conferir-lhes propriedades.
      É assim que no campo espiritual as "coisas" são plasmadas (formadas).
      As formações fluídicas são geradas pelo pensamento e dependem da capacidade de cada um ter mais ou menos potencialidade de criar formas através da manipulação de fluidos.
    • Efeitos Físicos
    • Os fenômenos de efeitos físicos resultam da ação dos Espíritos sobre os fluidos até chegar a produzir resultados perceptíveis no mundo material
      Para que isso ocorra é necessária a presença de um componente especial denominado de ECTOPLASMA.
      O Ectoplasma é uma substância que se acredita que seja força nervosa e tem propriedades de interagir com o mundo físico.
      Chama-se de Médium de Efeito Físico aquele que tem a faculdade que permite ceder Ectoplasma em quantidade suficiente para possibilitar aos Espíritos o seu uso em combinação com outros fluidos (os do Espírito e do ambiente) visando produzir ações e resultados sobre o mundo material.
      O Ectoplasma flui para fora do corpo pelos orifícios naturais do organismo humano (nariz, ouvidos, boca, etc...).
      O Efeito físico é o resultado da combinação dos fluidos do Espírito, com o Ectoplasma do Méduim e os fluidos do ambiente. Com esses três elementos o Espírito gera o fenômeno e o anima e controla pelo pensamento.
    • Curas
As doenças do corpo físico tem origem e reflexos também no corpo perispíritico. Muitas vezes os excessos configuram desequilíbrio do perispírito e, por conseqüência, desajustam o corpo físico e favorecem o aparecimento de males e doenças.
Um períspírito saudável redundara’ num corpo físico saudável.
A cura pela ação fluídica se dá pela ação da conjugação de fluidos agindo sobre o períspírito e refletindo no equilíbrio do corpo físico.
O poder da cura está na razão direta:
  • Da pureza dos fluidos produzido
  • Fé e vontade de fazer o bem e desejar a cura
    • Ação do pensamento, direcionando os fluidos para o fim desejado
Porém a mediunidade de cura se dá pela energia e instantaneidade da ação curadora. O médium de cura age pelo contato com o enfermo.
Os Espíritos combinam os fluidos e por ação magnética atuam diretamente sobre a parte do corpo perispiritual e físico que encontra-se desequilibrada.
    • Levitação
    • Configura-se pelo levantamento de pessoas ou coisas no ar sem uma ação direta.
      O fenômeno se dá pela combinação do ectoplasma do médium com os fluidos do Espírito através da saturação fluídica do objeto consegue pela ação do pensamento comandar magneticamente os movimentos.
    • Transporte
    • Deslocamento físico de objetos de outra região para outra. Ocorre por força de intensa combinação fluídica dos Espíritos e do médium.
    • Pneumatofonia
    • Também chamado de VOZ DIRETA. O Espírito comunicante utiliza o Ectoplasma do Médium em combinação com os fluidos ambientais para moldar (Plasmar) um aparelho fonador humano("gargantas fluídicas") e através da ação do pensamento sobre a matéria plasmada movimentar o aparelho e produzir sons audíveis por todos os presentes. O fenômeno é físico e a voz gerada é efetivamente onda sonora audível por qualquer ouvido material perfeito.
    • Pneumatografia
    • Também denominado de ESCRITA DIRETA. É a escrita produzida pelo Espírito diretamente no plano material, não deve ser confundida com a Psicografia. A escrita direta é feita através do efeito físico do Espírito que utilizando ectoplasma do médium em combinação com os fluidos ambientais passa a animar canetas, lápis, giz, etc.. e escrever com esses objetos utilizando o pensamento para comnandá-los.
    • Transfiguração
    • Mudança do aspecto de um corpo vivo. Ocorre pela manipulação de fluidos e combinados com os perispírito em exteriorização produzindo formas divergentes das originais do corpo.
    • Materialização
Fenômeno pelo qual os Espíritos constroem algo material (objeto ou corpo) a partir da manipulação do ectoplasma em combinação com os fluidos do ambiente e do Espírito.
O Médium em transe fornece o Ectoplasma necessário para o fenômeno. Os Espíritos combinam este ectoplasma com os fluidos do ambiente e moldam as formas e os corpos desejados.
Durante o fenômeno o médium apresenta sensível perda de peso(matéria) e sensações de frio.
Ao final da manifestação o corpo materializado se disssolve e os seus elementos retornam aos corpos de origem.

A mediunidade na Bíblia

A Bíblia, com o Velho e o Novo Testamento, é uma fonte riquíssima de fenómenos mediúnicos.

A tão propalada proibição de Moisés à evocação dos espíritos é uma das maiores confirmações sobre a existência da mediunidade.

Um caso de escrita direta é relatado por Daniel (5:5), ao afirmar que, “por ocasião em que se realizava um banquete oferecido pelo rei Balthazar (filho de Nabucodonosor), ao qual compareceram mais de mil pessoas da corte, no momento em que bebiam vinho e louvavam os deuses, apareceram uns dedos de mão de homem e escreviam defronte ao candeeiro, na caia dura da parede do palácio real;
e o rei via os movimentos da mão que escrevia”.

Há também os casos de levitação.
O que se dá é que os espíritos operantes envolvem a pessoa ou coisa a levitar em fluidos, isolando-os assim do ambiente físico.

A ação do espírito sobre o material a levitar se realiza pela utilização das suas próprias mãos, convenientemente materializadas ou condensadas.

Ezequiel (3:14) diz:
“Também o espírito me levantou e me levou consigo;
e eu fui cheio de amargura, na indignação do meu espírito;
porém a mão do Senhor estava comigo, confortando-me”.

O mesmo Ezequiel (8:2) afirma:
“Olhei e eis uma figura como de fogo;
Estendeu ela dali uma semelhança de mão e me tomou pelos cachos da cabeça;
o espírito me levantou entre a terra e o céu, e me levou a Jerusalém em visões de Deus”.

Um caso de incorporação aparece em Jeremias (39:15), quando diz:
“O profeta da paz era médium de incorporação;
quando o espírito o tomava, pregava contra a guerra aos exércitos de Nabucodonosor”.

A vidência é exemplificada por Daniel (8:15), onde conta:
“Havendo eu, Daniel, tido uma visão, procurei entendê-la e eis que se apresentou diante de mim com aparência de homem, veio, pois, para perto donde eu estava;

ao chegar ele, fiquei amedrontado e prostei-me com o rosto em terra;
mas ele me disse:
Entende, filho do homem, pois esta visão se refere ao tempo do fim”.



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